12 de outubro de 2011

Portais Perigosos 4 - Portais do Enclave Esmeralda

Por Jeff Quick
Tradução por Cassiano Fëanor.

Retirado do site "Os Últimos Dias de Glória".

O Enclave Esmeralda é uma organização druídica que existiu por quase 1000 anos, e protegia os interesses da natureza diante dos exploradores de recursos. Dado que nos Reinos Esquecidos, os muitos “recursos” da natureza às vezes falam e gritam de dor, os defensores da natureza não são meros abraçadores de árvores. Para alguns, é literalmente uma cruzada por direitos civis.
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     Cada capítulo desta série fornece mais detalhes sobre uma rede de portais ligando várias partes de Faerûn e além, no Cenário de Campanha dos Reinos Esquecidos. Esses portais pode levar seu grupo a uma nova aventura por uma noite ou como parte de uma campanha em andamento através de Faerûn.
    
     Inescapavelmente ativos na Orla de Vilhon, os Zeladores do Enclave começaram a se preocupar com a preservação da Natureza por toda Faerûn. Em uma recente explosão pró ativa, o Enclave iniciou pequenas células nas maiores florestas de Faerûn – a Floresta Alta, Cormanthor, Wealdath e as florestas do Grande Vale – florestas que eles acreditam necessitar de sua atenção por vários motivos. Para rapidamente ajudar essa áreas, eles construíram portais para essas florestas a partir de seu quartel-general ilhado, Ilghon. Aqui está uma descrição desses portais.

Aumentando o raio dos círculos druídicos:
A Floresta Alta
Cormanthor
Wealdath
As Florestas do Grande Vale
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A Floresta Alta



     A Floresta Alta é repleta de coisas sem valor. Itinerantes despreparados podem viajar por dias sem encontrar um rosto amigável, ou mesmo um não-amigável. Por causa de sua reputação ameaçadora, pessoas que não sabem como tratar a natureza responsavelmente tendem a permanecer afastados, minimizando o perigo à ecologia local.
     Por isso, os Zeladores do Enclave Esmeralda estão mais preocupados com ameaças internas à floresta do que com ameaças externas. Existem ameaças externas suficientes, é verdade. Mas amantes do equilíbrio adoradores da natureza podem lhe dizer, entidades malignas não são a única ameaça à natureza.
     À mais de um ano atrás, o Enclave Esmeralda começou discussões com Turlang, uma grande ente e administrador de fato da maior parte da Floresta Alta. Os Escolhidos de Eldath e Mielikki pediram permissão para que eles enviassem representantes à floresta para verificar se eles poderiam ser de alguma ajuda. Uma vez que é dito que a Floresta Alta está sob proteção direta destes dois deuses, Turlang prazerosamente aceitou representantes em seus nomes.
     Então os Zeladores construíram um portal de Ilghon para a boca de uma caverna perto de um dos lares de Turlang e enviou dois Zeladores para avaliar ameaças à floresta: Kressna Pisacar (LN, humana Drd9) e Naeva Waterborn (N elfa da lua Drd5/Brb5). Após vários meses de viajem e observação por toda Floresta Alta, as druidas chegaram à uma conclusão moderada: a principal ameaça a longo prazo à segurança da Floresta Alta é o próprio Turlang.
     Turlang passou os últimos 400 anos empurrando o limite norte da floresta, em direção às Montanhas Inferiores. Enquanto druidas normalmente aprovariam uma expansão arbórea, é necessário que seja feita com um olho aberto para as conseqüências à longo prazo. Após algum estudo, Kressna e Naeva chegaram a acreditar que empurrar a Floresta Alta para ao norte cria mais problemas do que soluciona, adquirindo problemas que a floresta não teria de outro modo. O expansionismo do ente tornou-se um problema para toda a floresta.
     A principal ocorrência desta ameaça é o comportamento de Turlang ao redor do Forte Portão do Inferno. Tendo empurrado a linha de árvores anterior à cratera do Forte Portão do Inferno, o ente declara ter isolado a área. Os Zeladores acreditam que esse suposto “isolamento” dez do ente e de seus protegidos um alvo. Se a Floresta Alta não cobrisse o Forte Portão do Inferno, os baatezu aprisionados lá seriam menos que um mero assunto e seria mais fácil mantê-los afastados. Ao invés disso, eles já estão dentro e não se intimidam em imprudentemente usar fogo mágico.
     Além disso, Turlang fixou-se em destruir os baatezu e tieflings que ele incluiu em um longo e lento cerco. Ele entrou em sua luta contra os demônios do Forte Portão do Inferno pessoalmente e como uma afronta à tudo que ele criou, enquanto se esquecia de outros problemas – principalmente os orcs saqueadores vindos da Espinha do Mundo.
     Porém, ninguém simplesmente diz à um ente que ele está enganado e então continua, especialmente um que leva suas responsabilidades tão a sério como Turlang faz. Usando toda sua diplomacia e argumentos, Kressna e Naeva estão tentando redirecionar seus aliados como uma videira em uma grade. Eles contaram á Turlang histórias da floresta à oeste e sul, em direção ao Dessarin e às Montes Lariços, onde elas acreditam que a expansão será mais simples e menos problemática. Elas também discutiram com ele a perversidade da guerra e como ela afeta a natureza ao redor. Elas acreditam que com muitos sinais indiretos, Turlang irá permitir que elas tomem o comando do “esforço de guerra” ao norte, e volte a plantar árvores em locais seguros.
     Turlang, porém, está fixado em seus planos atuais e não irá ser influenciado por alternativas agradáveis. Além disso, ele suspeita que as druidas do Enclave que vieram em nome de Eldath e Mielikki estão tentando dirigi-lo para longe de onde ele é mais necessário na Floresta Alta – longe das árvores que ele trabalhou tão duro para plantar e cultivar.
     A situação não está exatamente tensa, mas não está tão cordial quanto quando as druidas chegaram à floresta. Enquanto os esforços diplomáticos falham e a posição verdadeira de ambos os lados se torna mais clara, residentes da floresta estão começando a escolher favoritos. Turlang e os Zeladores provavelmente não brigarão fisicamente, mas as repercussões de um conflito entre as forças pode ser tão desastrosa quanto um desastre natural.
    
O que mais chega ao limite é o portal que os druidas usam para viajar entre a Floresta Alta e seu lar ilhado. O portal está situado em um território controlado por Turlang e protegido por alguns de seus melhores agentes. Originalmente isso foi feito em honra aos estimados visitantes, mas com o aumento da suspeita de Turlang sobre as motivações dos Zeladores, seus agentes perscrutam tanto quanto protegem.
     Os próprios druidas sabem que eles estão tendo cada vez menos liberdade para falar abertamente na Floresta Alta, mas eles precisam continuar as delicadas negociações com o ente enquanto ajudam na luta contra as ameaças da floresta. Elas acreditam que elas podem conseguir passar pelo ente antes que sua miopia traga problemas que nenhum deles possa conter.


Como Incorporar o Portal da Floresta Alta em sua Campanha

     Essa situação está apenas esperando por um estimulante para colocar as coisas em movimento. Se os PJs tanto quanto porem os pés nas partes nortes da Floresta Alta, eles provavelmente irão de encontro à alguém que conheça sobre suas dificuldades.
Personagens que sejam conhecidos por serem imparciais ou amigos da Floresta Alta podem ser chamados para arbitrar a situação.
Espiões de cidades do norte reportam que orcs estão se concentrando logo ao norte da Floresta Alta. Os orcs parecem achar que é uma boa hora para atacar, e ninguém sabe se alguém na Floresta Alta está dando atenção. Os PJs são convidados a verificar isso.
Além disso a situação está exacerbada por uma Erinye que escapou do Forte Portão do Inferno. Ela pensa que a escapatória perfeita da Floresta Alta será através do portal. Apesar do portal estar num território de Turlang, os Zeladores e o ente talvez estejam muito ocupados com seu próprio conflito para manter um olho aberto em outros assuntos.
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Cormanthor

       A Rainha Amlaruil secretamente estabeleceu laços com governos e organizações por toda Faerûn. O Enclave Esmeralda é uma dessas organizações. Em troca de favores não específicos, o Enclave delegou um dos seus, um elfo da floresta chamado Selsian Mãos de Terra (N elfo da floresta Drd4/Esp12), famoso por seu talento em ajardinamento, para construir um jardim élfico para dar as boas vindas os irmãos e irmãs que voltam de Encontro Eterno. Começou aproximadamente dez anos atrás, o projeto inteiro tornou-se um esforço maior do que qualquer um pudesse prever.
     Originalmente, foi apenas o que pareceu: uma oportunidade de restaurar a ordem e o equilíbrio para o que havia se tornado uma ingovernável vastidão magicamente maculada. Em uma área marcada por plantas excessivamente crescidas e
mythais
escondidos, Selsian primeiramente cooperou com um grupo de desencantadores e limpou a mágica não desejada por várias milhas da floresta perto da Corte Élfica.
     Então, ele desenvolveu um projeto para um jardim tão rico e belo, que nunca havia sido visto fora de Encontro Eterno. As formas, cores, texturas, arquitetura e plantas escolhidas combinavam em camadas integradas de significados que evocaram comentários históricos, filosóficos, religiosos e sociológicos em Cormanthor. O efeito completo foi designado para recepcionar e desafiar elfos regressores para seu lar milenar. O desenho possuía uma beleza e complexidade que não era nada menos que inspirada, e a primeira fase da implementação deu-se perfeitamente.
     Então compreensivelmente difícil para Selsian aceitar as tribos de elfos selvagens que invadiam sua obra vegetal durante uma complicada competição inter-tribal que se resumiu a um sangrento jogo de “capture a bandeira”.
     Conselhos foram formados. Assembléias foram convocadas. Discussões aconteceram. Os elfos selvagens não se importavam com isso. Eles continuaram sua existência barbaresca inabalável pela grande arte sendo construída ao redor deles.
     Ao invés de lutar, Selsian sabiamente incorporou os elfos selvagens em sua obra-prima, usando densas barreiras de arbustos e psicologia sutil para direcionar seus parentes selvagens em certos lugares e distante dos demais. Logicamente, os elfos selvagens são parte da tapeçaria élfica em Cormanthor. Em retrospecto, pareceu que apenas se adaptando que eles poderiam ser uma parte viva do jardim de recepção, e foi acidentalmente que eles “penetraram” no plano antes de sua finalização, levando em conta sua inclusão. Ele rapidamente formulou os planos novamente, e de qualquer maneira, o jardim empregou um significado mais profundo e satisfatório na influência histórica e na vida dos dias presentes que todo mundo concorda que foi realmente superior ao trabalho anterior.
     Então foi compreensivelmente mais difícil para Selsian aceitar quando os drow da superfície de Cormanthor começaram a vandalizar o jardim.
     Drows não podiam ser incorporados. Drows precisavam ser eliminados.
     Mas Selsian era um paisagista, não um guerreiro – ele usava ferramentas nas mãos. Rapidamente aparentes seções aleatórias do jardim começaram a ganhar vida à simples menção da palavra “drow”. Tendrículos, montes confusos, vinhas assassinas, e até mesmo estranhas criaturas-planta começaram a atacar qualquer elfo com a pele mais escura do que um forte bronzeado. Mesmo aranhas maiores que 10 centímetros no caminho começaram a ser mortas imediatamente por baixos arbustos carnívoros velozes.
     Isso também funcionou de maneira surpreendentemente boa. A folhagem constante emboscava não apenas desencorajadas incursões drow, mas também rudemente representava a luta élfica contra seus parentes escuros através da longa memória de sua raça. Novamente o jardim organizadamente incluiu outra camada de significado.
     Infelizmente, tantas camadas foram inadvertidamente adicionadas ao plano original de Selsian, que os elfos se esqueceram de alguns dos significados originais trancados no jardim. Entre outras coisas, o paisagista perdeu o
portal
original para Ilghon que o trouxe à Cormanthor.
     Antes que ele começasse a redesenhar os planos e dar à paisagem liberdade para se rearranjar, Selsian tentou esconder o portal dos drows saqueadores com as magias
confundir detecção e permanência conjuradas nele, fazendo com ele parecesse grama. Agora, nem mesmo uma magia analisar portal pode encontrá-lo, e o paisagista chefe não tem idéia de como localizá-lo novamente. Ninguém de nível alto o suficiente para conjurar um desejo restrito apareceu para ajudar, e Selsian precisa encontrar o portal
novamente antes que algum drow o faça.
     Tudo que Selsian pode afirmar com segurança agora é que o
portal é delimitado por um arco cercado por alecrim em algum lugar entre as fronteiras mutáveis do jardim. Ele acredita que bons elfos podem encontrá-lo antes que os elfos escuros descubram um meio de espalhar sua mácula para os jardins do Enclave Esmeralda.

Como Incorporar o Portal de Cormanthor em sua Campanha
Enquanto andam por uma Estrada normalmente segura na Floresta, um drow denegrido aparece na estrada, pedindo clemência. Um turno depois, um tendrículo aparece através de uma linha de árvores e tenta agarrar e engolir o drow. Não há escrúpulo em fazer um PJ realizar o trabalho.
Se os PJs possuem alguém no grupo que possui orientação selvagem – druida, ranger, bárbaro ou outro – o grupo inteiro é convidado a ajudar a entrar no jardim para procurar o portal perdido. Cada criatura viva da floresta por milhas ao redor é colocada em serviço em uma grande busca pelo portal. De seus lugares ocultos, os drow desejam saber o que está acontecendo.
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Wealdath
     Devastado pela Guerra, Tethyr está entrando em um novo período de prosperidade sob o governo unido da Rainha-Monarca Zaranda Star Rhindaun e do Rei Haedrak III. Após décadas de guerra civil, uma civilização única está emergindo, crescendo e expulsando os monstros do território.
     Para variar, o corte de madeira e a exploração de recursos minerais não motivo para o envolvimento do Enclave Esmeralda. Especialmente, a definição exata de “monstro” é sobre preocupação. Criaturas sobrenaturais, gnolls, aranhas gigantes, wyverns, dragões e até mesmo (acidentalmente) elfos habitantes de Wealdath têm sido alvo de caçadores isolados e furiosas multidões com a intenção de “limpar a floresta de todas os praticantes e semi-praticantes do mal.”
     O Enclave considera fortemente o “mal” punível com a morte. Gnolls possivelmente não são os melhores vizinhos, mas eles geralmente mostram mais respeito pela natureza do que os humanos. Os druidas não defendem o comportamento deles, e eles certamente não irão proteger gnoll algum causando problemas fora da floresta. Mas eles não permitem que os aldeões das margens da floresta os cacem.
     De maneira similar, as aranhas gigantes, wyverns e criaturas sobrenaturais são criaturas da floresta, e não devem ser mortas simplesmente por que elas são perigosas ou inconvenientes. E apesar de dragões poderem tomar conta de si mesmos, auto-nomeados matadores de dragões tendem a danificar a floresta mais do que ajudá-la. Os druidas os direcionam a fazer suas caçadas ao norte na montanhas de Amn onde dragões azuis e brancos podem ser mortos com menos dano à flora local.
     Compreensivelmente, essa postura tornou o Enclave impopular. Ainda, suas células druídicas permanecem firmes, visíveis e ativas, protegendo os interesses da natureza.
     Para compensar a familiaridade e a retaliação por habitantes locais “civilizados”, quatro druidas da célula de Wealdath se revezam a cada lua nova.
     O
portal que eles usam é formado pelo arqueamento de duas ramificações de orvalhos próximos de uma vila fixa de elfos nas profundezas da floresta. Dríades que viram ação suficiente em seu tempo para ganhar níveis de druida e ranger protegem estas árvores. As dríades concordaram em deixar suas árvores serem usadas como parte de um portal e entendem o perigo potencial. Elas também entendem que possuía a amizade e proteção do Enclave Esmeralda vale mais que qualquer perigo que uma associação pode causar. As dríades possuem a habilidade de abrir o portal do lado de Wealdath, enquanto o portal está continuamente aberto do lado de Ilghon.
     A exceção do ciclo de rotação é Meller Handspan (NB halfling Drd11), um halfling druida com uma habilidade para lidar com plantas e uma língua figurativa, Meller é um diplomata melhor que muitos profissionais da corte, com um retrospecto em Águas Profundas que combina com ele para o trabalho da ligação civil. O halfling não tem problemas com situações potencialmente confusas entre aqueles que vivem na floresta e aqueles que vivem fora dela.
     Apesar de ser um excelente orador e um indivíduo amável, a arma secreta de Meller não é nada mais complicada que uma residência civilizada – ou seja, ele vive na cidade. Como uma figura amigável e visível, ele providencia uma face para o Enclave cujos estereotipadamente afastados e estóicos druidas carecem. Ele bebe na estalagem toda noite e explica em termos simples e práticos o porque os druidas do Enclave fazem o que eles fazem. Meller também faz dele útil, curando os doentes e ajudando as pessoas com seus animais sem custo algum. Ele se move a cada poucas semanas para espalhar a palavra ou acalmar pequenos problemas antes que eles se tornem grandes. Ele também se encontra com prefeitos e governantes locais para negociar o corte de lenha responsável e discutir eventos atuais.
     Como era de se esperar, a reação é mista. Algumas pessoas apreciam que uma vez em suas vidas alguém explique as razões por trás dos movimentos misteriosos de grandes poderes. Outros são hostis aos melhores esforços de Meller, enquanto outros estão incosolavelmente em pesar quando alguém amado caminhou perto demais de um perigo na floresta. Ainda, os altos círculos do Enclave acham que Meller é útil o suficiente que ele permanece designado para a área indefinidamente.


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Florestas do Grande Vale

     A situação nas Florestas do Grande Vale são praticamente arquétipos: pessoas fora da floresta estão tentando explorar os recursos da floresta sem respeito pelo equilíbrio ou a utilidade a longo prazo das árvores, animais e recursos minerais que eles ceifam.
     Os druidas locais estão felizes com o Enclave Esmeralda providenciando suporte e assistência aos seus esforços e no início deram boas vindas ao seu envolvimento. Logo após, as coisas começaram a piorar.
     O Enclave determinou um astuto e competente meio-orc druida/bárbaro, Shumash Jaundiceeye (CN meio-orc Drd9/Brb6), para ajudar, juntamente com dois subordinados druidas meio-orcs. Shumash é esperto, poderoso, e possui excelentes instintos tanto para o combate quanto para a natureza. Ele também possui os dons particulares de um javali. Shumash sabe como conseguir o que ele quer – ao mesmo tempo em que não envolve trabalhar com outros muito proximamente.
     Quase imediatamente após a chegada através do portal, Shumash determinou que os círculos druídicos locais nas Grandes Florestas eram quase completamente incompetentes e poderiam ser confiados apenas com as missões mais simples. Até mesmo essas missões requerem cuidadosas quantidades de manuseio, na opinião de Shumash.
     Os druidas locais, que estavam lidando com as coisas gentilmente por toda a história das florestas, naturalmente se ofenderam com a constante arrogância e ameaça de Shumash. Shumash poderia ser demitido facilmente se ele não estivesse certo na maior parte do tempo. Na verdade, as vezes Shumash sabe melhor que os druidas locais. E ele não é devagar ou gentil em dizer aos druidas locais exatamente quando e como eles estão errados.
     Quando abordado por outro a respeito de seu comportamento batalhador, Shumash informa aos locais que o Enclave o enviou, e ele recebe ordens apenas de seus superiores. Quando os druidas da Grande Floresta tentaram contatar o Enclave, eles foram ludibriados de pessoa à pessoa ou tiveram suas preocupações liberadas após ser dito que Shumash é um excelente Zelador e que os druidas da Grande Floresta possuem acesso completo às suas capacidades.
     Se essa esquiva hierárquica não for suficiente, os druidas possuem uma série de outros motivos para suspeitarem da presença e dos motivos de Shumash.
     Primeiro, Shumash mantém segredo a respeito do portal que ele usa para viajar entre o Grande Vale e sua base em Ilghon. Ninguém sabe onde ele está, como ele é, como se opera, ou como ele é usado. Ele torna-se hostil se alguém faz mais do que uma pergunta a respeito do portal.
     Segundo, os subordinados virtualmente desapareceram desde sua chegada. Eles nunca foram vistos em reuniões comuns e raramente foram vistos em qualquer outro lugar. Eles não falam á ninguém, exceto à Shumash, e mesmo assim falam apenas em idioma orc. Às vezes, tarde da noite, sob céus nublados, murmúrios em orc podem ser ouvidos vindos da tenda de Shumash, e seus subordinados são vistos deixando o lugar após longas e silenciosas conversas. Como era de se esperar, Shumash não discute esses encontros com os druidas locais, e ele fica intensamente irritado quando questionado a respeito dos mesmos.
     Terceiro, Shumash parece ser resistente à adivinhações e magias que lêem a mente. A informação recolhida indica que ele está preparando “liderar uma grande derrota nos paralelos da floresta”.
     Os druidas das Florestas do Grande Vale não são todos maricas, mas eles estão bastante confusos em como lidar com a situação, e eles desejam uma resolução breve. Rejeitar o Zelador nomeado do Enclave Esmeralda seria uma má maneira. Shumash é tão decidido e teimoso que reencaminhamentos sutis provam-se inúteis. Argumentar com ele têm falhado repetidamente. Alguns estão começando a suspeitar que Shumash está tramando algo nada bom, apesar de que ninguém deseja tomar alguma ação sem provas. A única coisa que eles sabem é a localização e costumes da tribo orc de onde Shumash vem. A tribo vive perto da Grande Geleira e é conhecida por seus confrontos violentos e reverência profunda por Gruumsh.
     Uma fofoca útil que os druidas conseguiram dos espiões animais menciona combate ritual da tribo de Shumash. Se os druidas conseguirem encontrar alguém para derrotar Shumash em combate ritual sem matá-lo, ele deve (de acordo com a tradição tribal) abrir sua mente e seu coração para o vencedor. Se Shumash ainda considera a si mesmo atado à lei tribal é um mistério, mas parece ser a melhor opção disponível.


Como Incorporar o Portal das Florestas do Grande Vale em sua Campanha
Shumash talvez ouça outro meio-orc que fale sua língua. Se o grupo possuir um meio-orc brutal que não possa ser simpático de maneira alguma, eles são convidados a tentar a “razão” com Jundiceeye em um combate ritual.
Se o grupo não possuir convenientemente um meio-orc, os druidas pedem ao grupo para ir até a tribo de Shumash e escoltar um orc apropriado para encontrá-lo.
Um dos druidas locais pode pedir aos PJs para falar com o Enclave Esmeralda em seu nome na esperança de conseguir sua atenção, ou ao menos aprender por que os Zeladores são tão inúteis em seu auxílio.
A defesa da localização do portal por Shumash é no mínimo suspeita. Os druidas podem pedir aos PJs para encontrar o portal e observar o que Shumash pode fazer com ele.

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Sobre o Autor

     Jeff Quick é um editor e designer de jogos vencedor de vários prêmios. Ele escreveu e editou jogos para a Wizards of the Coast e White Wolf, e serviu de editor na revista Polyhedron, editor sênior da Star Wars Gamer e editor-chefe de Star Wars Inside. Ele atualmente é um escritor autônomo no estado de Washington. Espantosamente, tudo escrito acima é verdade. 

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