21 de agosto de 2016

Street Fighter RPG - 20 idéias de Aventuras

Qual Narrador de qualquer RPG que nunca se pegou sem ideia alguma para narrar aquela seção que estava prestes a começar? A seguir estão compiladas 20 ideias de aventuras para Street Fighter RPG. 
1) Espiões da Shadaloo roubam as plantas de uma arma do exército dos EUA. Os street fighters, devem agir rápido, antes que as plantas cheguem a Mriganka e caiam nas mãos dos cientistas de Bison que facilmente poderiam desenvolvê-la.
2) Uma pequena cidade no México é oprimida por um chefe local da Shadaloo que pratica Lucha Libre.
3) Um templo perdido é encontrado em Machu Picchu, no Peru, revelando uma ordem secreta de monges peruanos que praticavam uma arte marcial perdida no tempo. Porém a informação vazou, e existe muita gente interessada em adentrar nas pirâmides latinas para conhecer seus segredos.
4) Alguns Guerreiros Mundiais estão misteriosamente desaparecendo, ao mesmo tempo em que experimentos com armas biológicas estão sendo feitos pela S.I.N. em lugares remotos do mundo.
5) Um personagem do time (de preferência um que tenha faltado na seção) é capturado por uma gangue da periferia de uma cidade qualquer. Ele foi confundido com um membro de uma gangue rival. Poderão os personagens provarem a inocência de seu amigo?
6) Os street fighters tem de proteger um vagão de trem carregado de armas do exército durante sua viagem até seu destino. Porém, existe um infiltrado em meio aos guardas...
7) Um torneio organizado por um dos Guerreiros Mundiais chamou a atenção dos personagens, que deverão viajar até o local do torneio. No dia da premiação dos campeões, descobrem que a valise com o dinheiro sumiu, e um dos rivais que perdeu no torneio também!
8) Uma gangue de motoqueiros causa terror em um vilarejo africano. O único jeito deles deixarem os habitantes em paz é vencendo seu líder em combate. Porém, mesmo perdendo ele não desistirá tão fácil.
9) A construção de uma indústria está jogando poluentes no único rio que banha uma vila indiana. Os habitantes estão ficando doente a até morrendo. A indústria possui ligações coma  Shadaloo, e faltam provas para que o governo possa fechar a indústria.
10) Uma grande mestra das artes marciais está realizando um torneio de artes marciais em seu dojô. O campeão se tornará seu discípulo, e aprenderá suas técnicas mais secretas. Porém rivais da mestra planejam assassiná-la ao final do torneio.
11) Durante um torneio em Dubai, a filha de um xeique poderosíssimo é sequestrada por agentes da Shadaloo. Um prêmio é colocado para quem resgatá-la. A Shadaloo mantém uma base secreta em um deserto próximo.
12) Os mineradores de uma mina de jade na China, estão desaparecendo misteriosamente. Ninguém sabe, mas a causa é um Híbrido Animal que foi acordado pelos trabalhadores.
13) Um personagem (de preferência um elemental) acorda certo dia com Foco 0 e Chi 0 (se possuir o Antecedente Único Elemental, ele perde-o também). Desta forma ele não consegue utilizar nenhuma de suas manobras que consumam Chi ou tenham Foco como pré-requisito. Ele deve fazer uma jornada de auto-conhecimento atrás de algum mestre que possa lhe ajudar a ter seus poderes de volta.
14) Surge um novo lutador no circuito que é idêntico a um dos personagens. Além de ganhar diversos torneios, ele está envolvido em diversas atividades ilegais com a Shadaloo. Na verdade ele é um robô criado pela Shadaloo para incriminar os heróis. Conseguirão provar sua inocência e desmascarar o impostor antes que as autoriadades peguem o street fighter do time?
15) Por algum motivo os heróis enfrentam um grupo de ninjas, e depois de derrotados, um deles deixa cair um embrulho. É uma katana com um brilho misterioso azulado. O personagem que mantiver posse do artefato (que o tentará para mantê-lo com ele) será perseguido por ninjas até que devolva a espada ou a destrua, nas profundezas do Monte Fuji, no Japão.
16) Um torneio é promovido por membros da Ordem da Unidade Celestial. Grandes lutadores são convocados e o intuito nada mais é que utilizar o poder emanado pelos golpes dos lutadores para invocar um deus da guerra ancestral para dominar o mundo sob controle de Aka Zahn, o arquitheão.
17) Em uma cidade que os street fighters estão visitando, um Híbrido Animal rato está mordendo pessoas que também estão se transformando em híbridos ratos. Ele acabará mordendo um dos personagens que vai aos poucos se transformando em um rato. Para evitar a transformação completa e restaurar a saúde dos habitantes da cidade, os heróis terão de adentrar em cavernas profundas e assombradas em busca de um cogumelo mágico.
18) Um time conhecido dos street fighters foi para um torneio a mais de uma semana e não retornou. O empresário do time pede a ajuda dos heróis.
19) Um velho conhecido do time foi capturado pela Shadaloo e levado para Mriganka. Bison anuncia um novo torneio mundial e é a sua chance de resgatar o companheiro e acabar com a raça de Bison de uma vez por todas. Acontece que seu amigo sofreu lavagem cerebral...
20) Um dos membros do grupo é preso injustamente, após terem plantado drogas em sua mochila. Enquanto seus amigos devem suar para provar sua inocência e ele ser libertado, o preso tem de sobreviver às intrigas e perigos dos outros presidiários, inclusive um antigo desafeto dele.

8 de agosto de 2016

Monstros - Cocatriz


Histórico

Em meio as areias movediças do deserto, vivia uma serpente deveras sórdida, cuja respiração e olhar mataram muitos guerreiros valentes. Ela deslizava para dentro das tendas para envenenar crianças que brincavam e perseguia crocodilos nos leitos dos rios em busca de seus ovos. O povo a chamou de basilisco. Sua lenda se espalhou pelo Oriente Médio, e dela originou-se o cocatriz.

O mal do tipo mais maligno se escondia no coração do basilisco. Tal alma vil não poderia simplesmente morrer, mas procurava um novo hospedeiro através do qual prosseguia as suas práticas fétidas. Durante os dias negros da Praga Djinni, quando os maus espíritos alimentavam-se da terra, o basilisco desovou 39 vezes, cada vez criando outro a sua imagem. Juntos, os monstros criaram um grande deserto, e 10.000 homens morreram diante deles. Finalmente, a grande coragem dos guerreiros, as artes da feitiçaria sagrada e o favor de Allah (Bem-aventurado seja Ele!) trouxeram um fim à praga.

O magnífico galo, portador do sol e mensageiro da vontade e da misericórdia de Deus, foi abençoado com o poder de superar a criatura. Com o tempo, o canto de um galo sinalizava a morte de um basilisco, e o povo se alegrava. A cada dia, o grandioso galo saia quando o sol se levantava, procurando as serpentes malignas. Seu canto mantinha a vítima petrificada, e ali a luz bendita de Deus transformava o monstro em cinzas. Assim, quando o último dos basiliscos ouviu o canto do galo, ele congelou. Sabendo que seus prazeres blasfemos haviam chegado ao fim, ele clamou aos deuses do submundo por misericórdia.

Os poderes tenebrosos viram o ocorrido e atenderam ao desespero do basilisco. Eles concederam a criatura uma última chance de atacar de modo que ela pudesse devorar o galo. Sendo agraciado, o basilisco torcia e se contorcia no chão. Os movimentos atraíram o galo faminto, que procurava a refeição da manhã. Mas, como todos os presentes concedidos pelo Inimigo, a sua bênção não era tão fortuita quanto o basilisco esperava. A contorção do basilisco o esgotou. O galo, inteligente demais para ficar parado, bicou e cutucou sua refeição, fugindo da cauda viperina e do hálito venenoso até que o sangue do basilisco engrossa-se como betume na terra.

No entanto, o Maligno conseguiu sua vingança. Enquanto o galo consumia o basilisco, a alma do basilisco consumia o galo. Em um horrível instante, o corpo da criatura mudou, e o magnífico galo, corrompido, transformou-se para se adequar a sua nova alma. Assim foi o surgimento do cocatriz.

Descrição

Basiliscos percorriam a Líbia nos tempos antigos. Serpentes com metros de comprimento, cuja picada, cauda e olhar poderiam matar. O hálito do basilisco secava plantas e abria rochas, criando assim, o deserto da Líbia. Com cada homem, mulher e criança que vitimou, a má reputação da criatura cresceu. Apenas dois inimigos ameaçavam o basilisco: a doninha, que podia superá-lo com seu mau cheiro e mordida, e o galo, que paralisava-o com seu canto ao amanhecer.

Um galo infeliz devorou o último basilisco conhecido há muito tempo. Rastejando para o interior do mato, a ave condenada transformou-se para atender a alma que agora carregava. O recém-nascido cocatriz podia matar com um olhar ou com o vapor de seu hálito, e podia atacar com o veneno que escorria da cauda de serpente.

Uma malícia irredutível se esconde no coração de um cocatriz, e seu veneno não tem antídoto. O veneno ferve através das veias e cauteriza a carne. Quando essa infusão perversa atinge o coração ou o cérebro, a vítima morre. Nessa altura, ela cai em espasmos e gritos de tormento, os olhos arregalados e brancos. Mesmo após a morte fechar seu véu misericordioso sobre a vítima, o corpo se contrai e balança, castigado com as convulsões e agitação em seu interior.

Todos os cocatrizes são assexuados, nem macho, nem fêmea. O cocatriz se reproduz picando um galo comum. Quando isso acontece, o veneno entra no corpo do galo e forma um ovo, o qual a ave acondicionará de acordo com os espaços em suas entranhas.

Como a magia desapareceu do mundo, os cocatrizes começaram a escolher hospedeiros com menos cuidado. Embora a abominação ainda prefira encontrar galos para carregar seus ovos, é sabido que picam outros animais - até mesmo seres humanos - com a sua farpa fertilizadora.

Enquanto o ovo cresce no corpo da vítima, o hospedeiro fica muito doente. Uma vez que o ovo é expelido (normalmente através das entranhas, mas por vezes, através de outros orifícios ou mesmo feridas abertas), o hospedeiro recobra sua saúde. No entanto, ele ficará maculado para sempre, manchado pela incubação do mal e assombrado por sonhos terríveis. Se, por má sorte, o ovo estourar dentro do hospedeiro, o embrião peçonhento ira se espalhar por todo o corpo. Nenhum destino mortal poderia ser pior que essa agonia....

Extremamente territorialista, o cocatriz protege seu hospedeiro com uma vontade vingativa, assim como o galo guarda suas galinhas. Uma vez chocado, um cocatriz procura locais subterrâneos úmidos e escuros. De hábitos noturnos, ele abomina o sol, embora a luz solar não faça nada mais que irritá-lo. A criatura sulfúrica espreita em regiões agrárias ou selvagens. Um cocatriz jovem deve afastar-se e encontrar seu próprio covil ou desafiar seu pai pelo domínio de seu território. Um filhote tem pouca chance de vencer tal desafio até a maturidade, a menos que o cocatriz dominante esteja velho e moribundo.

Apesar de sua natureza sórdida, um cocatriz raramente ataca a menos que seja encurralado ou seu território esteja ameaçado. O intruso ouvirá um silvo agudo avisando-o; qualquer um que reconheça o som deve fugir imediatamente. Como uma cobra, do cocatriz prefere engolir sua presa inteira e digeri-la lentamente. Uma criatura faminta pode servi-se de carniça, mas apenas quando não se pode encontrar outro alimento.

Hoje em dia

O último registro público sobre um basilisco foi em um documento de nascimentos e mortes Igreja de Varsóvia, datado de 1587. Escrito por monges, o registro afirma que duas jovens irmãs morreram quando expostas ao sopro de um cocatriz em seu porão. Claro, o eventual desaparecimento do cocatriz aos olhos mortais não significa que as criaturas estão extintas - simplesmente que elas foram forçadas a se esconder da humanidade, porque são perigosas demais para serem deixadas vivas. Estes monstros poderiam ser encontrados em locais selvagens ou rurais que forneçam hospedeiros, alimento e lugares escuros para se esconder.

Aparência

Exibindo-se e bicando, deslizando e engolindo, o cocatriz tem uma aparência assustadora. Quando assustado, agita as penas amarelo-ocre e estica suas grandes asas coriáceas. A mandíbula inferior da besta desloca-se, caindo para exibir o interior preto de bico. Quando se acalma, o cocatriz exibi-se sobre as esquisitas patas de frango - enrugadas e cinzas, salpicadas de pontos como as mãos de uma mulher idosa. Saindo de sua extremidade traseira, a cauda do cocatriz possui pele reptiliana, brilhante e lisa como ébano líquido e terminando em um gancho peçonhento. Os olhos de âmbar secular brilham frios e perversos, correndo de um lado para outro. Olhar para um cocatriz é suficiente para fazer qualquer pessoa fugir - ou congelar em terror, enquanto o monstro coloca seu ovo.

Fazendo sua toca em locais escondidos e putrefatos, o cocatriz invariavelmente fica coberto com excrementos ou uma membrana gordurosa advinda de sua última refeição, o que torna fácil sentir seu cheiro bem antes de poder vê-lo. A forma estranha do cocatriz o torna desajeitado, mas a besta não é menos perigosa por sua falta de graça.

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Texto extraído do site Mundo das Trevas.